Produtividade na construção civil é problema mundial
Se você é arquiteto, engenheiro, construtor ou empreiteiro e sente que a sua obra nunca sai do jeito que planejou? Saiba que esse problema é recorrente em muitos projetos ao redor do mundo. Neste artigo apresentaremos alguns dados do relatório MCKinsey Global Institute que aponta como o mercado da construção civil falha quando o assunto é produtividade. E também quais os fatores que mais influenciam para que isso ocorra segundo o SEBRAE.
Normalmente relacionamos produtividade à produção. Mas, quando trazemos esse conceito para o mundo empresarial, estamos falando da capacidade de se produzir mais e com qualidade utilizando menos tempo e recursos.
“Produtividade é minimizar cientificamente o uso de recursos materiais, mão-de-obra, máquinas, equipamentos etc. Para reduzir custos de produção, expandir mercados, aumentar o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores”. (Japan Productivity Center for Social – Economics Development)
Segundo o Relatório MC Kinsey Global Institute, de fevereiro de 2017, o ramo da construção é um dos maiores setores da economia mundial. Com US$ 10 trilhões gastos em bens e serviços a cada ano e que contrata aproximadamente 7% da população mundial em idade produtiva.
No entanto, quando se trata de gerir uma obra com eficácia a área deixa a desejar. Segundo o relatório, em âmbito mundial, “o crescimento da produtividade da mão de obra na construção foi em média de apenas 1% ao ano nas duas últimas décadas. Em comparação com o crescimento de 2,8% para a economia mundial total e de 3,6% no caso da fabricação”.
Nos últimos dez anos, menos de um quarto das organizações na área de construção civil correspondem ao crescimento da produtividade alcançado nas economias globais, comparado aos outros setores.
Fatores que influenciam na produtividade na construção civil
De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), há seis fatores que impactam a eficiência na construção civil.
Capacitação e treinamento da mão de obra: geralmente os funcionários que trabalham nas obras não possuem capacitação suficiente e adequada. Como a falta de formação técnica, por exemplo. O que faz a produtividade cair;
Retrabalho: essa é uma das principais causas dos atrasos das obras. Devido à falta de especialização dos empregados, muito trabalho precisa ser refeito o que causa desperdício, e os prazos não são atendidos;
Matéria-prima: outra das consequências da má formação dos profissionais são as escolhas malfeitas dos materiais. O que acarreta na produtividade, uma vez que se tem o retrabalho e a falta de controle sobre o estoque;
Layout do canteiro de obras: independentemente do ramo de atuação, um local de trabalho mal organizado atrapalha toda a dinâmica da atividade. Na construção civil não é diferente. O recomendável é que se tenha planejamento no espaço de trabalho de modo que se tenha uma melhor circulação dos trabalhadores e a utilização de máquinas seja ágil e com fácil acesso aos materiais;
Segurança do trabalho: devido ao grande “amadorismo” dos profissionais, os acidentes de trabalho ainda são recorrentes nas construções. Quando um trabalhador se machuca, além do custo humano incalculável, há impactos na produção e nos prazos e também prejuízos financeiros;
Planejamento e controle de obras: para o Sebrae boa parte dos fatores responsáveis pela baixa eficiência e eficácia é a falta de planejamento nas obras. Que se dá principalmente pelo não uso das tecnologias disponíveis no setor que precisa do aumento de produtividade. Há no mercado programas e softwares que auxiliam na cotação de preços, no controle e escolha de materiais, na previsão orçamentária de cada etapa de obra etc.
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