O crescimento da participação feminina na construção civil – desafios no canteiro de obras
O potencial da participação feminina está aos poucos sendo descoberto pelo setor de construção civil. Um segmento que conta, na maior parte, com trabalhadores do sexo masculino, vem se transformando e dando espaço para as mulheres especializadas no setor.
Essa inserção da mulher na construção civil vem, principalmente, da persistência em querer seguir a sua vocação e da capacidade de se adaptar aos mais diversos ambientes de trabalho.
Apesar do mercado ainda ser dominado por homens, as grandes empresas já conseguem perceber os talentos femininos da área, dando oportunidades e assegurando resultados satisfatórios para as companhias.
A forma detalhista de como uma mulher trabalha, supera expectativas e garante qualidade à edificação. O resultado associa redução no processo de retrabalho nas etapas de obras, maior segurança e pontualidade na entrega de projetos.
Em quais cargos é possível encontrar maior participação feminina na construção civil?
A contratação de mulheres para cargos anteriormente ocupados somente por homens ainda está ocorrendo de forma gradativa. Ainda há muito para evoluir nesta questão.
É possível encontrar profissionais do sexo feminino atuando no canteiro de obras, como arquitetas, engenheiras, técnicas de segurança do trabalho e edificação.
No entanto, algumas barreiras ainda precisam ser quebradas para que estas mulheres atinjam cargos de maior liderança. Estes cargos, com autonomia para a decisão de processos na construção civil, ainda possuem atribuições oferecidas, geralmente, para o público masculino.
Com isso, para que haja maior participação feminina, é preciso contar com empresas inovadoras e livres de preconceitos, que saberão como aproveitar o potencial e o talento que as mulheres têm para oferecer, respeitando a sua posição na companhia.
O que esperar de uma gestão feminina neste setor?
O trabalho em si deve ser executado da mesma maneira que os homens. A grande diferença na gestão feminina é que ela é mais cobrada e mais avaliada, sofrendo maior pressão dos empregadores e clientes.
Sabendo disso, as mulheres precisam estar preparadas para enfrentar desafios e encarar o trabalho com muita determinação e profissionalismo.
Superando estas barreiras, adquirindo o respeito e o reconhecimento que merecem, elas podem, enfim, gerenciar as diversas situações do trabalho e conduzir tudo de forma eficaz.
Quais os principais obstáculos sofridos pelas mulheres neste setor?
O preconceito é um dos grandes fatores que freiam a participação feminina na construção civil.
No início deste ano, inclusive, durante as obras do metrô de São Paulo, circulou um vídeo de um político/deputado federal nas redes sociais desqualificando o trabalho de duas engenheiras e questionando a capacidade de gerenciamento das mesmas, associando-as com o acidente que houve no local, sem se basear em qualquer laudo de investigação.
Este ato de discriminação, em pleno século XXI, chamou a atenção de órgãos da área que lutam pela convivência de gênero em nosso país, tais como o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e a ABENC (Associação Brasileira de Engenheiros Civis), que imediatamente publicaram notas de repúdio em relação ao vídeo divulgado na internet.
Além deste fato, até mesmo durante as entrevistas de emprego a mulher é colocada em situações constrangedoras, através de perguntas desagradáveis, julgando a capacidade de seu trabalho, com relação a sua boa aparência, suas unhas feitas e sua vestimenta feminina.
O movimento das mulheres digital influencers na construção civil
Para mostrar que entendem do assunto, grupos de influenciadoras fazem sucesso na internet e demonstram capacidade suficiente no manejo de equipamentos e materiais de construção, atraindo muitos seguidores.
Como é o caso de Paloma Cipriano, uma youtuber de sucesso, que começou o seu canal na plataforma YouTube, mostrando a rotina de reforma da casa em que ela morava com sua mãe desde criança.
Sem o pai presente e sem nenhum conhecimento sobre construção, Paloma, aos 16 anos e sem condições financeiras de contratar um pedreiro para finalizar as obras de sua casa, se inscreveu em um curso de alvenaria, fez algumas pesquisas e tornou-se adepta da ascendente linha DIY (Do It Yourself ou Faça você Mesmo), a partir de então, deu continuidade no projeto de construção, instalando pisos, assentando azulejos, aplicando rejunte, rebocando parede, entre outras atividades.
Compartilhando a sua rotina, Paloma serve de inspiração e representa a força jovem das mulheres que vão em busca de seus objetivos.
De que forma as mulheres podem se ajudar?
Para trocarem experiências e se fortalecerem em suas posições, algumas profissionais criam grupos de cooperação com o aval das companhias.
Dessa forma, é possível contar com outros pontos de vista e buscar diferentes soluções, se espelhando em outras mulheres fortes e independentes.
Esta rede de apoio do empoderamento feminino dentro das empresas é fundamental para que as mulheres se sintam amparadas e mais fortes, resultando em motivação e sucesso.
Como o Obrafit pode servir como ferramenta de apoio?
Apesar de serem mais organizadas do que os homens e possuírem uma grande sabedoria e capacidade de intuição para resolver situações inesperadas de forma ágil, as mulheres também podem utilizar o sistema de gerenciamento de obras Obrafit para otimizar ainda mais a produtividade no canteiro de obras.
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